Laura Rizzotto é a atração de março no Alameda Quality Center
Cantora pop, de 17 anos, fará uma única apresentação do Beef Street
Em março, sobe no palco do Beef Street, no Alameda Quality Center, a jovem cantora Laura Rizzotto. Apesar da pouca idade, apenas 17 anos, Laura é uma das promessas da música pop brasileira. O espetáculo é baseado no primeiro CD da cantor, Made In Rio, um apanhado de 12 canções – fora a três extras – gravado pela Universal Music. A apresentação será realizada no dia 17 de março (sábado), às 21hs, a entrada é gratuita e os lugares são limitados.
Sobre Laura Rizzotto:
Se é verdade que a adolescência é aquela idade que vai dos doze anos até onde o nosso excesso de juízo nos impede de arriscar, Laura Rizzotto está em plena adolescência. Ela tem 17 anos e – apesar de não ser exemplo de falta de juízo - não tem medo algum de arriscar. Uma prova disso está em Made in Rio, o apanhado de 12 canções – fora três extras – que a Universal Music coloca nas ruas. Laura tem a voz firme e canta num inglês bom o suficiente para se aventurar no repertório de grandes nomes do soul e do blues, mas preferiu driblar o óbvio. Ela fez questão que todas as músicas de seu disco de estreia tivessem sua assinatura - e assina com estilo. O resultado é um trabalho autoral, maduro, com um pé na menina e outro na mulher. Coisa de quem caminha sobre aquela linha tênue, o risco que separa dois mundos. Laura sabe bem onde pisa.
Em uma ponta do disco está “When I look in your eyes”, composta (com o irmão Lucas Rizzotto) aos 14 anos. Do outro “Yours to keep” (também com Lucas) , feita aos 16. “É incrível, mas os dois anos que se passaram entre uma e outra pesaram muito. Parece pouco, mas não é. Sou muito diferente do que era, ainda que, na essência, acho que continuo a mesma”. Na primeira, ela é uma garota insegura tentando disfarçar os sentimentos (“E te esquecer é como um vício largar/e ainda me perco dentro do seu olhar”); já na segunda ela se permite brincar, tirando um pouco de onda com a situação (“Baby, we are the choices that we make”). Mais que tudo, entre as duas canções- ou entre os 14 e os 16 - está a experiência de compor, se expor em público, subir nos palcos, juntar fãs e, finalmente entrar em um grande estúdio para gravar. Dar a cara à tapa.
Laura Rizzotto começou a compor aos 11 anos, quando foi morar com a família nos Estados Unidos. Lá, cantava Herbert Vianna e Lulu Santos para os friends. Como não era muito compreendida, resolveu fazer versões. “If I didn’t want you that much /Maybe I wouldn’t see flowers /On my way here /Deep down inside my heart", por exemplo, era “Se eu não te amasse tanto assim”, de Vianna, com o carimbo de Laura. Com o tempo, passou a compor suas próprias canções. Já tem 36. A maioria em inglês. “Fico mais à vontade para compor em inglês, mas acho que o português tem uma sonoridade fantástica também”. As doze músicas do CD estão em inglês – mas os extras têm versões bilíngües.
Laura é do pop, é do soul, é do rock e é da MPB. Mais: está se formando em piano clássico pela UFRJ. Faz tudo direito. Sua parte adolescente segue sendo fã de Taylor Swift e de Avril Lavigne, mas a parte adulta também se esparrama por Lenine, Seu Jorge, Stevie Wonder, Amy Winehouse e, especialmente, Joss Stone. “Gosto tanto da Joss Stone que ela acabou virando apelido da minha guitarra”. Isso tudo – a mistura de sons, as influências latentes, a busca por uma voz própria – está impresso em cada faixa. A maior prova da maturidade da cantora vem escrita na última faixa do CD, “Who you are”, produzida por Eumir Deodato.
O “Made in Rio” de Laura, por todas as suas surpresas e confirmações, é aquele tipo de disco que provoca exclamações. Caramba! Caraca! E, vá lá, algumas interrogações. O que é isso? De onde veio essa menina, meu Deus? A resposta é simples e cristalina como voz de garota afinada: estava por aqui mesmo. Indo a praia em Ipanema, no Rio de Janeiro, entrando nas livrarias do Leblon, tocando violão para os amigos nas almofadas do seu quarto, fazendo shows aqui e ali, se misturando aos que vão ao Circo Voador, viajando para Visconde de Mauá com a família, estudando, ouvindo música boa, transformando batidas, embalando sua carreira com cuidado. Se equilibrando sobre a corda bamba, o tal risco que separa dois mundos. O primeiro passo – firmíssimo! - já foi dado com Made in Rio, os próximos, tudo indica serão pelo mundo.
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